E ai, rapaziada! Belezão?
Hoje vou trazer uma adaptação de um post que escrevi no meu antigo blog lá no início do ano de 2010, mas que continua super atual. Vamos nessa? Bom, o texto original é de 2010 mas a história é um pouquinho mais antiga.
Quando eu iniciei a minha atividade como fotógrafo eu já curtia muito o mundo da fotografia de moda feminina. Isso foi no início de 2001. Nem preciso falar que a essa altura a fotografia digital era uma realidade para poucos, né? E obviamente, a minha primeira câmera foi uma analógica.
Em uma ocasião, minhas grandes amigas Ana Lídia Borges e Marie Nepomuceno me convidaram para fotografar algumas produções suas que seriam enviadas para um concurso nacional de fotografia/produção de moda (Casa de Criadores) no ano de 2003.
Elas conseguiram autorização da faculdade para fazermos os cliques no banheiro feminino do andar em que cursavam o 4º período de Design de Moda. E lá fomos nós!!! Em uma tarde cinzenta e abafada estávamos nós preparando o cenário (banheiro), as modelos e os equipamentos... Pluguei na tomada o meu flash de estúdio, o qual seria utilizado em uma sombrinha difusora (Aquela sombrinha branca “leitosa” que deixa a luz bem suave). Sai para pegar o restante do equipamento e quando voltei senti aquele cheiro de queimado... Meu coração parou por alguns segundos! rs Deu aquele frio na barriga. Pensei: Queimei o único flash de estúdio que eu tenho... Esse banheiro tem pouca iluminação, sem flash de estúdio eu jamais poderei fazer fotografias nítidas, claras e com o contraste que eu queria/precisava... O que fazer agora??!?
Realmente o flash havia queimado devido a voltagem ser 220 e o equipamento, 110. Me restava algumas opções;
- Contar para o pessoal e cancelar tudo... Até desistir do concurso, porque já estávamos bem próximos da data de envio dos materiais;
- “Fingir” para o pessoal que o flash de estúdio não seria necessário naquela situação (para não desestimular a equipe) e fazermos as fotografias assim mesmo.
Optei por prosseguir e utilizar o flash embutido da câmera com o auxílio de um speedlight simples apoiado numa fotocélula (Equipamento que faz o flash secundário disparar ao receber a iluminação do disparo de um primeiro flash). O clima no ensaio foi maravilhoso. Fizemos as fotografias em meio a boas risadas e muito trabalho duro. O dia foi longo, mas muito produtivo. Dava muito gosto ver como a Marie e a Ana Lídia pensavam em cada detalhe, em cada pose. Foi realmente um dia muito agradável. E assim que finalizamos fomos correndo para revelar o filme e fazer as ampliações 10x15 no único lugar que ficava aberto até aquele horário; O Plaza Shopping de Niterói. Foram 60 minutos de bastante expectativa.
O final desta história aconteceu em São Paulo no evento de premiação onde nossa fotografia foi exposta. Ficamos entre os dez melhores trabalhos.
Foi com grande alegria que recebemos esse resultado e a principal lição desta jornada: O que importa de verdade para termos bom resultados não é utilizarmos o melhor equipamento simplesmente, mas usarmos da melhor maneira o que tivermos disponível. E o melhor que tínhamos era a nossa vontade de fazer um bom trabalho. As meninas executaram seus papeis com alegria e beleza encantadora. Muito devo a este “sufoco”, pois foi onde aprendi na prática que o melhor recurso do mundo são as pessoas. Me orgulho muito sim por ter feito parte deste projeto. E mais uma vez enfatizo o meu apreço por essa equipe, em especial a Marie e a Lídia. Vocês foram essenciais no meu crescimento profissional e pessoal. Espero que um dia possamos trabalhar juntos novamente!
Então é isso: Valorizemos o que realmente importa. Equipamento é show e eu sempre vou querer os melhores também, mas antes disso, saber o que fazer com esse equipamento e principalmente ter as melhores pessoas do seu lado, isso sim vai fazer toda diferença!
Quem quiser conhecer um pouco mais do meu trabalho, acesse meu site: www.cofyfilm.com.br e também minhas redes sociais:
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Um Forte abraço a todos e até breve!
Paulo Henrique Lima
Ficha Técnica:
Modelos: Jaqueline Dantas e Manoela Pedrosa
Produção: Ana Lídia Borges e Marie Nepomuceno
Fotografia: Paulo Henrique Lima